Em 22 de Maio de 1545 Miranda do Douro foi elevada por Dom João III a Cidade e pelo Papa Paulo III a Diocese. Assim, quando a Ordem foi fundada em 1643 por Dona Leonor Mateus, esta tinha a sua sede espiritual na Diocese de Miranda. Só quando esta foi reunida com a Diocese de Bragança numa só, em 27 de Setembro de 178o, é que o Capelão-Mór passou a ser Sua Excelência Reverendíssima o Senhor Bispo de Bragança-Miranda. No Compromisso da Ordem ficou ressalvado no ponto §Único do Art.º9 (Capítulo II) que «Na eventualidade da separação das dioceses de Bragança e Miranda, unidas pela bula «Romanis Pontifex» de 27 de Setembro de 1780, será confrade de título Sua Excelência Reverendíssima o Senhor Bispo de Miranda» com o título de Capelão-Mór.
A Ordem de Santa Eulália é soberana e não está sujeita nem à Diocese, nem ao Senhor Bispo, mas em memória da sua origem e sede espiritual e em reconhecimento do superior magistério do Santo Padre, atribui, a cada pessoa que seja nomeada pela Santa Sé para esse cargo, o título de Capelão-Mór com o Grau de Dignidade de Cavaleiro Comendador nos hábitos e insígnias.
A Ordem reconhece igualmente ao Senhor Bispo, na qualidade de «Capelão-Mór», o direito de comutação de penalidades aplicáveis aos Confrades «em penitências espirituais» no seu §2 do Art.º 14 do Capítulo II se for «a pedido
do réu». A ele (Bispo e Capelão-Mór) «compete, exclusivamente e sem recurso, a forma e a aplicação das mesmas».
A Ordem exorta os seus membros a rezarem diariamente três Ave-Marias pelas intenções do Senhor Bispo de Bragança-Miranda, com a viva recomendação de que Deus, Nosso Senhor e Nosso Salvador, lhe dê «Saúde, Sabedoria e Coragem».
