ORDEM DE SANTA EULÁLIA
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MUI ANTIGA E NOBRE ORDEM DINÁSTICA DE SANTA EULÁLIA DE FORNOS
FUNDADA EM 1643
INÍCIO | HISTÓRIA | GOVERNO | ESTATUTOS | ESPIRITUALIDADE |
SÍTIO OFICIAL DA
HISTÓRIA

ORIGEM E SUCESSÃO DINÁSTICA | PADROEIRA | GRÃO-MESTRES

A Ordem de Santa Eulália foi fundada no ano de 1643, por Dona Leonor Mateus, origem dinástica de todos os Leonores de Portugal, no rescaldo da Restauração e debaixo de forte opressão Castelhana: a freguesia de Fornos foi arrasada diversas vezes no decurso das guerras da Restauração. Pela sua proximidade física à fronteira com Castela e pela sua situação estratégica e militar, Fornos foi preponderante na resistência ao invasor. É argumentável que, tal como outras Ordens mais antigas durante o período da Reconquista, a Ordem de Santa Eulália se apoiasse mais em pressupostos nacionalistas e independentistas do que em pressupostos de carácter espiritual. Foi sempre apanágio dos membros desta família a defesa da Liberdade e da Justiça apoiados num forte sentido de humanismo Cristão.

Fornos e toda a região do nordeste transmontano foram também um espaço de forte implantação judaica e não será de desprezar a possibilidade do aparecimento desta estar intimamente ligado a essa colonização, seja por uma oposição ou demarcação rácica, ou por uma oposição ou demarcação religiosa. Isto é, ou porque fossem cristãos velhos ou porque sendo cristãos novos não quisessem ser tomados por judeus, a verdade é que produziram uma herança imortal de devoção católica que se manteve inalterada durante quase quatro séculos.

Resulta evidente da história da Ordem e desta família dos Leonores de Portugal a sua forte ligação e lealdade à Casa de Bragança, patente ainda no Compromisso, no juramento de lealdade aos Duques de Bragança e na Condecoração de Lealdade à Pátria e ao Rei (medalha Miguelista) reservada aos combatentes nas Forças Armadas Portuguesas.

Dona Leonor Mateus, matriarca e mulher de armas, foi uma figura preponderante da Contra Reforma no nordeste Transmontano. Sabe-se muito pouco sobre a sua pessoa. Pensa-se que terá ficado órfã de ambos os pais (durante a Guerra da Restauração?) e que terão sido os criados da casa que a educaram. No seu testamento deixa muitos dos seus haveres para os seus criados, memória talvez dessa dívida que contraíra na infância. Os poucos documentos que deixou atestam bem da sua lealdade à Casa de Bragança e a Dom João IV. Deve ter sido em muitos aspectos uma figura ímpar, até pelo facto de que era uma mulher num mundo de homens. Todos os seus netos, sem excepção, adoptaram o seu nome pessoal como patronímico (seria mais correcto dizer matronímico) o que revela o seu prestígio mesmo depois da sua morte. Deixou uma larga descendência e uma forte herança espiritual. Que Deus a Guarde!

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