ORDEM DE SANTA EULÁLIA
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MUI ANTIGA E NOBRE ORDEM DINÁSTICA DE SANTA EULÁLIA DE FORNOS
FUNDADA EM 1643
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ESPIRITUALIDADE
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MANUEL DE JESUS DIEGUES, PROCESSO DE BEATIFICAÇÃO

Manuel de Jesus Diegues foi um exemplo ímpar de devoção e piedade. Seguiu com total intransigência a tradição de sua casa de dar sempre esmola a quem pedisse, de ter sempre um cama para os sem abrigo e sopa para os que tinham fome. A Casa do Tear em Bragança era conhecida dentro e fora de muros como um lugar onde qualquer um podia encontrar abrigo e comida. Durante toda a sua vida, mesmo nos momentos mais difíceis, cozinhava ele próprio a refeição de Domingo onde qualquer um podia tomar assento. Primeiro em Bragança, mas mais tarde em Barcelos e depois em Braga, depressa se passou a palavra entre os pobres e desvalidos que em casa daquele homem santo se dava comida «da boa» e o pão «era de trigo». Habitualmente se dava aos pobres a broa de milho, porque era mais barata.

Certo dia em Braga, já atingido pela ruína financeira, e com a perseguição política do Estado Salazarista, deu a um pobre a última moeda que tinha (2$50). Quando criticado pela esposa respondeu-lhe: «a nós nunca nos faltou nada e este nunca teve nada.»

Combateu na Guerra Civil de Espanha pelos «Requetés» (Milícia Carlista) porque a sua mãe e os seus avós maternos eram refugiados Carlistas em Portugal. Foi milagrosamente salvo do pelotão de fuzilamento graças à intervenção do Senhor Bispo de Bragança-Miranda. Regressou profundamente chocado pela barbárie com que os socialistas tratavam a Igreja e o Clero. Durante a Guerra Civil foram destruídas umas 20.000 igrejas e assassinados 6.861 sacerdotes e freiras.

Pesar do seu passado tradicional não adere ao Estado Novo, nem apoia as práticas de supressão das liberdades ou da perseguição política dos opositores. Manteve-se fiel ao espírito de defesa da liberdade e da justiça apoiado no humanismo cristão. Por causa das suas ideias é proibido de se candidatar a lugares públicos e é preso diversas vezes pela PIDE, a última das quais pouco antes da sua morte em Braga em 1961.

Porque tinha carro e motorista põe-se muitas vezes ao serviço da clandestinidade, sobretudo dos que precisavam de sair ilegalmente do país e não podiam fazê-lo de comboio com medo de serem presos.

Foi sendo lentamente cerceado pelas forças opressivas da ordem e vai lentamente caindo na ruína, sem deixar por isso de continuar com as suas prática de assistência aos pobres e desfavorecidos.

Morreu, vítima dos maus tratos que recebeu na PIDE do Porto e dificuldades de saúde, no dia 29 de Junho de 1961.

Foi iniciado em 2008 um processo de beatificação e foi nomeado proto-postulador o Prof. H. D. Cerqueira de Souza, seu neto.
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